Palavra Pastoral IMeL Saúde 66
5 de Junho de 2021
Ler mais da história talvez nos ajude. Por exemplo, sobre a gripe espanhola no começo do século XX, as falsas promessas de tratamentos, o negacionismo contra medidas sanitárias ou mesmo uma revolta contra as vacinas. Será que aprendemos algo? Pode nos ajudar também para que sejamos mais críticos com os discursos que usam a fé e o nome de Deus como passaporte para defender seus próprios interesses, de uma família ou de um grupo em busca de poder. Nós, cristãos, como devemos nos posicionar?
Cristãos são aqueles que creem que o Reino de Deus já chegou em Jesus, mas ainda não em sua plenitude. Ou seja, sua esperança última, final, não está em qualquer reino ou projeto político desse mundo. Não aderimos acriticamente a qualquer proposta ou discurso desse tempo porque cremos que o Reino ainda será completado com a segunda vinda de Jesus. Então, a verdadeira justiça e a vida plena chegarão a toda a criação.
Por outro lado, como o Reino já chegou em Jesus, pelo poder do Espírito os sinais desse Reino já podem ser vistos através da ação de uma igreja obediente e fiel no mundo hoje. Por isso atuamos para denunciar e impedir o avanço do mal, para aliviar o sofrimento, para proclamar, em palavras e ações, uma nova realidade possível. Ainda não será o Reino (em sua plenitude) mas seus sinais serão percebidos através de uma igreja fiel. Não uma igreja que se deixa seduzir por falsos messias ou ideologias, mas fiel à Palavra e perseverante em sua obediência missionária. Que ler mais da história e o estudo diligente das Escrituras nos salvem de qualquer armadilha no caminho.
Para meditar
Nessa semana, enquanto ouvem alguns dos “Salmos da comunidade”, medite no que essa autora nos fala sobre o poder dos Salmos:
Os Salmos expressam todas as emoções humanas, mas, lidos uma e outra vez, eles nunca simplesmente nos deixam como somos. Eles são um remédio forte. Eles nos mudam. A transformação que efetuam não é transformar nossa tristeza em felicidade; eles não fazem com que pessoas enlutadas se tornem irritantemente otimistas. Eles nunca dizem "deixe pra lá" ou "não é assim tão ruim". Nem nos dizem por que sofremos. Em vez disso, fixam nossa visão no amor de Deus por nós e nos ensinam a localizar nossa própria dor e anseio no drama eterno de Deus. Eles nos transformam em um povo que pode encarar as profundezas de nossa tristeza com total honestidade, inclusive quando nos aferramos às promessas de Deus.
Tish Harrison Warren
Fiquem todos na paz do Senhor,
Kodo, Ziel e Ricardo
Pastores IMeL Saúde