Palavra Pastoral IMeL Saúde 215

13 de Abril de 2024

Misericórdia e Perdão

No capítulo 18 do Evangelho segundo Mateus, Jesus está com seus discípulos quando Pedro lhe pergunta: quantas vezes devemos perdoar nosso irmão? Sete vezes?

Jesus lhe responde: não apenas sete, mas setenta vezes sete. Daí lhes conta uma parábola, a do credor incompassivo.

Nessa parábola, Jesus lhes traz 5 lições muito importantes: a primeira é que temos uma dívida impagável com Deus. Quantas vezes já pecamos contra Ele, não é verdade?

A segunda lição é que apesar de que nunca seremos capazes de pagar tão alta dívida, Deus tem misericórdia e graça para conosco. Ele nos perdoa por ser quem Ele é, amor. E por isso envia seu único Filho Jesus para com sua morte, pagar nossas dívidas imensuráveis.

As demais lições referem-se à relação na comunidade. Apesar da parábola usar figuras financeiras, as dívidas que devem ser perdoadas não dizem respeito a questões financeiras, e sim, às várias questões em nosso dia a dia que podem romper a relação, a comunhão entre os irmãos no corpo de Cristo.

A terceira lição se refere ao servo sufocar seu conservo porque este lhe deve uma pequena quantia. Quantas vezes sufocamos um irmão nosso que eventualmente nos ofendeu com palavras duras, com gestos agressivos, ao invés de perdoar. O não perdão gera culpa e sofrimento em quem não é perdoado.

A quarta lição diz respeito a quem não perdoou. Ele é entregue aos torturadores. Quem seria esses que trazem sofrimento a quem não perdoa? São os sentimentos de raiva, mágoa e ressentimentos que geram peso e flagelo ao coração daquele que não consegue perdoar.

Jesus termina a parábola dizendo que se Deus nos perdoa e não conseguimos perdoar, então não entendemos que o perdão é a maneira que existe para permitir a confissão dos pecados uns aos outros e podermos viver em comunhão até nossa chegada no Reino de Deus.

Finalmente, termino com a própria oração que Jesus nos deixou que diz assim: Pai, perdoa as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido.

E nós? Temos exercido misericórdia e perdão como Cristo nos ensinou e como o Pai nos perdoou?

Silvio Maemura