Palavra Pastoral IMeL Saúde 161

25 de Março de 2023

Neste domingo meditaremos em João 13, que descreve o encontro de Jesus com os discípulos e a refeição e conversa que teve com eles.  Discípulos que Ele tanto amava, mas reconhecendo que o momento de sua crucificação está chegando.  Em duas semanas vamos lembrar da Pascoa, da morte de Cristo, seguido da ressurreição depois de três dias. Compartilho aqui palavras de Juan Stam ao descrever a maneira como Pedro interagiu com a cruz de Cristo. 

“A consequência última da identificação de Jesus com pecadores foi, precisamente, a morte na cruz.  Jesus foi obediente até o fim, a morte e morte de cruz.  No entanto a igreja cai muitas vezes no mesmo erro fatal (satânico) de Pedro que confessou com grande clareza, e talvez com algum triunfalismo, que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo, mas quando logo depois, o Senhor anunciou a sua crucificação, ousou dar-lhe alguns “conselhos”, para que a cruz não tocasse o Messias, muito menos a si mesmo ou aos outros discípulos.  Pedro queria um Cristo Salvador e vitorioso, mas não crucificado; era atraído pelo evangelho da graça barata e das benesses. Em resposta, Cristo impôs aquela cruz que Pedro repudiava não só sobre seus próprios ombros, mas também sobre os ombros do próprio Pedro e de todo verdadeiro discípulo do Senhor.  Para o discípulo, a missão à maneira de Jesus significava negar-se a si mesmo e caminhar com Cristo alegremente o caminho do calvário.”

Nestes dias ao caminharmos e prepararmos para a celebração da ressurreição de Cristo, que possamos também refletir na cruz, e o que significa caminhar com este Cristo ressurreto, mas que também enfrentou a morte na cruz se identificando com cada um de nós pecadores. 

Daniel Nakano