Palavra Pastoral IMeL Saúde 184

2 de Setembro de 2023

O Caso da Viúva Persistente

Ao olharmos para o nosso mundo, o que vemos? Idosos ucranianos sofrendo em guerra, jovens uigures forçados a campos de reeducação na Ásia, a terrível perseguição dos cristãos em partes do Irã, Índia, Coreia do Norte, Paquistão e Nigéria. E o nosso país?  O Brasil não é um país pobre. Mas muitos brasileiros não têm acesso ao emprego, à educação, à saúde, à habitação e à alimentação. A impunidade e a corrupção pioram as coisas. A um nível mais pessoal, muitos de nós aqui temos experimentado injustiça – no trabalho, no seio das nossas famílias, com o nosso suado dinheiro (123 Milhas!), no envolvimento com as autoridades.

Então, como devemos responder? Se você disser: “Eu não acredito em Deus”, então você está livre para ridicularizar toda a ideia de oração a um “amigo imaginário celestial”. Se você disser: “Eu acredito que Deus é justo, mas não poderoso”, então você pode ver Deus como um bom ouvinte, mas não muito mais. Se você disser: “Eu acredito que Deus é poderoso, mas ele não é justo”, então, assustadoramente, pode ser apenas Deus provocando eventos terríveis acontecendo no mundo.

Existe outra maneira de ver as coisas? O teólogo Karl Barth disse: “Unir as mãos em oração é o começo de um motim contra a desordem do mundo”. Considerando tudo o que nos rodeia, quem é Deus e por que devemos orar a Ele? Em Lucas 18, para mostrar aos seus discípulos que "deveriam orar e não desistir", Jesus apresenta um estranho, mas inesquecível drama de tribunal, O Caso da Viúva Persistente, que vamos estudar juntos no domingo.  Apesar da realidade dolorosa de um mundo injusto, Jesus nos chama para permanecer fiéis a Ele.  Essa fé no Deus da justiça permite-nos envolver-nos em orações de solidariedade que vão além das nossas próprias necessidades e sofrimentos pessoais. Vamos orar?  

Steve Griffiths