Palavra Pastoral IMeL Saúde 213

30 de Março de 2024

Ainda escuro, túmulo aberto

Hoje é o dia da espera, de certa maneira um dia de angústia, de desesperança. O sábado, esse entre a sexta-feira da paixão e morte de Jesus e o domingo da ressurreição, é um dia que costuma trazer suas ambiguidades, suas lutas, que de uma certa maneira testa a nossa fé. Como você se sente em meio à espera, entre dúvidas e expectativas? Esperar pela ressurreição de Jesus que celebramos no domingo pode nos inspirar, nos animar e nos renovar a fé, nos transformar.

Nesse domingo, meditaremos juntos sobre como ainda era escuro quando chegou a ressurreição. Eu pessoalmente gosto muito dessa maneira como no ministério de Jesus, também em sua morte e ressurreição, a luz invade as trevas, a vida irrompe no meio da morte, Jesus quebra as correntes de tudo o que nos escraviza e nos faz livres! Incrível que até mesmo antes da ressurreição de Jesus, no momento de sua morte, as sepulturas se abriram! Que sinal poderoso do que Jesus havia acabado de realizar ao adentrar o mundo dos mortos para nos libertar!

É verdade que a espera muitas vezes não é fácil. Os sofrimentos, as dores, as nossas lutas, de cada um de nós e de tanta gente ao redor do mundo, às vezes abalam a nossa fé, espremem a nossa esperança. Por isso talvez seja bom lembrar-se, uma e outra vez, que Jesus ao morrer não o fez apenas para dar-nos um nobre exemplo sobre como enfrentar a morte. Não! Ele o fez, invadindo a morte, atravessando o mundo dos mortos, para quebrar o poder da morte. Hoje, devemos viver e agir no mundo à luz dessa verdade poderosa. Cristo vive! Sim, ele vive!

Ricardo Borges