Palavra Pastoral IMeL Saúde 131

13 de Agosto de 2022

Neste domingo, ao continuar a refletir sobre Êxodo capítulo 19, vamos ver como o povo de Israel se apresentou diante de Deus.  Neste Dia dos Pais vamos lembrar deste Deus Pai que não muda. Ainda nesta narrativa o povo de Israel se reuniu e interagiu com Deus através do interlocutor Moisés.  Um ajuntamento similar nos dias de hoje seria o nosso próprio culto de adoração.  Ao pensarmos sobre o nosso culto, trazemos aqui parte do texto do historiador e pastor Alderi Matos em um artigo na revista Ultimato: 

“Na Idade Média, o culto cristão tornou-se ritualístico e aparatoso, perdendo a simplicidade original. Surgiram práticas desconhecidas dos primeiros cristãos, como o uso de incenso, velas, orações pelos mortos e invocação dos santos e de Maria. A língua utilizada era o latim e o celebrante dava as costas para o povo, o que dificultava a comunicação e a compreensão do culto. O impacto sensorial e emocional da missa era profundo, sendo intensificado pela rica arquitetura e decoração dos templos. No entanto, havia pouca instrução bíblica e limitada edificação espiritual.

As novas convicções teológicas introduzidas pela Reforma Protestante resultaram em uma profunda reformulação do culto e sua respectiva liturgia. O princípio da ‘sola Scriptura’ fez com que a Bíblia passasse a ocupar um lugar muito mais destacado do que antes. O novo entendimento da salvação pela graça mediante a fé foi acompanhado de uma reinterpretação do sacramento da Ceia, visto não mais como um sacrifício oferecido pela igreja, mas como uma dádiva de Cristo ao seu povo. Por fim, a ênfase no ‘sacerdócio de todos os crentes’ implicou maior participação dos fiéis no culto a Deus. Agora, os pontos focais da liturgia eram o púlpito e a mesa da comunhão.

Hoje por culto entende-se o ato público de adoração a Deus realizado pela igreja. Como tal, tem um valor incalculável para os cristãos, sendo a manifestação mais visível e concreta da comunidade cristã.”

Fica aqui o convite a todos a participarem deste ato público de adoração a Deus.  

Daniel Nakano