Palavra Pastoral IMeL Saúde 135

10 de Setembro de 2022

Choro e alegria

Nesse domingo meditaremos sobre o lugar do choro e da alegria. Primeiro, o do lamento. É bom que aprendamos a chorar, que muitas vezes é uma expressão importante do resistir, do negar a aceitar que as coisas continuem como estão. Por isso, por vezes, o choro é valioso. Na inconformidade com a injustiça, com a maldade, mantemos uma última barreira de resistência quanto às coisas que estão aí, mas que não são como deveriam ser. 

Daí o surpreendente das Escrituras quando descobrimos que Deus chora junto com a gente. Redescobrir um Deus que não está distante, mas que se importa, e que sofre junto com a gente em um mundo injusto, é algo tão precioso como necessário para poder revisitar o caráter bíblico do Senhor, que é justo, bondoso, cheio de compaixão.

Claro, as promessas bíblicas também nos apontam para a alegria. Às vezes ele já é presente, outras vezes é uma promessa para o futuro. Mas viver hoje à luz daquilo que o Senhor promete cumprir e realizar no amanhã, mais adiante, já é um grande consolo no presente. Porque isso também nos anima a já ir experimentando essa nova realidade de vida que ele nos oferece. Ela é marcada pela santidade, como veremos nesse domingo. O povo de Deus no Brasil do século XXI precisa reaprender a lamentar o que está errado, a confiar no Deus que caminha com a gente e a viver uma vida íntegra e santa no meio de uma sociedade corrompida. Quem sabe ainda haja tempo para aprender! 

Ricardo Borges