Palavra Pastoral IMeL Saúde 220

18 de Maio de 2024

Vivemos um tempo de grandes contrastes em que estamos conectados 24 horas, mas ao mesmo tempo nos sentimos desconectados.

Criados à imagem do Deus criador Triuno, somos seres relacionais. Como temos vivido nossos relacionamentos? Mais encontros ou desencontros? Neste domingo vamos refletir  sobre o encontro de Jesus com a mulher samaritana. 

Como Deus encarnado em Jesus se conectou com a sede profunda de um mulher sofrida.  

A seguir uma reflexão de Henri Nouwen:

Encarnação
 " A vida no Espírito de Jesus é, portanto, uma vida em que a vinda de Jesus ao mundo - sua encarnação, sua morte e ressurreição- é vivida por aqueles que entraram no mesmo relacionamento obediente ao Pai que marcou a própria vida de Jesus. Tendo-nos tornado filhos e filhas assim como Jesus era Filho, a nossa vida torna-se uma continuação da missão de Jesus.
 
Dor sofrida quando estamos sós é muito diferente de dor sofrida ao lado de alguém. Mesmo quando a dor persiste, sabemos como é diferente quando alguém se aproxima, quando alguém compartilha da nossa dor. Essa espécie de conforto mostra-se mais completa e poderosamente visível na Encarnação, em que Deus veio ao nosso meio - à nossa vida - para nos fazer lembrar: 'Estou com você em todo o tempo, em todos os lugares'. Em Cristo, Deus aproximou-se de nós diante dos nossos sofrimentos - a dor das crianças e dos adolescentes, os ferimentos dos jovens, adultos e dos idoss, as aflições dos desempregados e daqueles que, repentinamente, ficaram sós. 

Não há sofrimento humano que não faça, de algum modo, parte da experiência divina. Esse é o grande e maravilhoso mistério de Deus, ao se tornar carne para viver entre nós. Deus fez-se parte de nosso pranto e convida-nos para aprender a dançar, não sozinhos, mas com outros, compartilhando da própria compaixão de Deus - dando e recebendo". 

Kodo Nakahara