Palavra Pastoral IMeL Saúde 217
27 de Abril de 2024
Juízo e esperança para as nações
Quase chegando ao final da série em Jeremias, temos uma longa seção de profecias destinadas a outras nações. Reconheço que às vezes é difícil ler e meditar nesses trechos, porque a linguagem violenta e de castigo é algo que nos assusta um pouco. Também porque o tema do juízo de Deus é algo que pode nos deixar incomodados. Mas e se eu lhes disser que esses capítulos 46 a 51 de Jeremias são repletos de fascinantes temas que nos ajudam a entender melhor o caráter de Deus e seus propósitos de vida para todos os povos?
Sim, é verdade que ler sobre nossas idolatrias, nossas falsas soluções e esperanças, nosso orgulho e nossa soberba, pode (e talvez deva) nos incomodar. Mas sugiro que meditar sobre a soberania de Deus, e sobre a necessidade de que todos, em todas as nações, humildes e poderosos, devam prestar contas a Deus de seus atos, é algo que na verdade irá nos consolar e nos renovar a esperança.
Veremos mais, e algo surpreendente. Essa esperança também é estendida aos maus, àqueles que foram instrumentos da maldade, em uma esperança de restauração que chega a todos, em todos os lugares, sem importar o quão longe possam estar de Deus. Quem sabe ler mais sobre essas palavras de juízo, mas também de esperança, possa nos levar a reconhecer nossa própria condição pecadora e necessitada da graça de Deus. Se Deus quer alcançar a todos, também quer alcançar a mim. E se o Senhor promete restauração ao outro, quem sou eu para condenar quem Deus quer restaurar?
Ricardo Borges