Palavra Pastoral IMeL Saúde 180
5 de Agosto de 2023
Nesta semana, compartilho palavras do Paul Freston, ao comentar o capítulo 9 de Neemias:
“A oração deste capítulo nos alerta a respeito do nosso conceito de benção de Deus. A palavra “benção” é usada no meio evangélico brasileiro para designar aquilo que a sociedade em geral considera boa sorte ou felicidade. O conceito secular é apenas “batizado” pelo uso de uma palavra religiosa. Mas a escala de valores subjacente permanece intocada. Não há uma renovação da mente (Romanos 12:2), mas apenas uma mudança de linguagem. Assim, perde-se a capacidade de questionar os meios pelos quais a suposta benção veio (por exemplo, por meio de ambição desenfreada, dos ganhos da exploração ou das benesses que lesam o patrimônio público), e de indagar qual poderia ser o propósito de Deus na vida do “abençoado”.
A luta por um conceito mais maduro e bíblico de benção faz parte da luta que se trava a nível teológico e em cada um de nós, entre dois deuses: o deus quebra galhos, que está a minha disposição para modificar o universo segundo o meu querer, de acordo com os meus valores;
ou o Deus da Bíblia, para quem os problemas não são problemas, poderiam ser resolvidos facilmente, mas que está mais preocupado conosco, em como vamos reagir dentro do problema; um Deus que está a nos moldar, a nos modificar, que permite as crises para que sejamos cooperadores dEle e para que saiamos de nosso egocentrismo e fiquemos mais aptos para a convivência com Ele e com os outros; um Deus que vê esta vida não como o nosso destino final, mas como, entre outras coisas, um campo de preparação para a vida na Nova Terra.”
Convidamos a todos a participar conosco amanhã, do nosso culto, para conhecer melhor este Deus que está mais preocupado com o que somos do que o que realizamos.
Daniel Nakano