Palavra Pastoral IMeL Saúde 113
16 de Abril de 2022
Na Páscoa é tempo de falar do lamento, da espera e da celebração da vitória da vida sobre a morte. Primeiro, o lamento. Na sexta-feira, quando recordamos a morte do Senhor Jesus Cristo na cruz, por amor, entregando-se por nós, nossa reação deve sempre ser a de assombro, um silêncio respeitoso, o luto pela morte que precisou ser enfrentada. Não convém minimizar a dor, o sofrimento e a morte. Não devemos fazê-lo com o sacrifício de Cristo, nem com a dor e o sofrimento de qualquer um. Quando deixamos de sofrer e de chorar, nos desumanizamos. Que bom que Cristo verteu suas lágrimas diante da morte, ensinando-nos o caminho.
Segundo, a espera. O sábado é o dia da expectativa, de uma certa forma a ausência e a dúvida fazem parte desse cenário. E agora? O que acontecerá? Foi tudo em vão? Era mesmo verdade? Para onde foram nossas esperanças? Bom reafirmar que a fé é um dom de Deus, que nos vem de maneira graciosa da sua parte. Não perseveramos porque somos bons. Aguardamos, às vezes incertos, outras vezes hesitantes, mas sempre confiando naquele que um dia, por amor, se revelou a nós. E assim aguardamos. Nessa espera, somos moldados, fortalecidos.
Terceiro, a celebração da vitória sobre o inimigo final, a morte. Cristo vive! Sim, ele vive! É certo que a notícia da ressurreição pode nos atordoar e deixar-nos um pouco confusos, como aconteceu com as mulheres que foram as primeiras testemunhas e com os demais discípulos. Convém repassar, com a ajuda do Senhor, tudo o que já ouvimos antes, nas Escrituras, nessa jornada com Jesus, e assim vamos compreendendo e fazendo sentido de todas as coisas. Uma boa notícia de tal magnitude que somos convidados pelo Senhor a compartilhá-la em todos os lugares e a todas as pessoas. A quem anunciaremos hoje a vida que recebemos de Cristo? Ele vive, por isso podemos todos viver. Aleluia!
Ricardo Borges