Palavra Pastoral IMeL Saúde 102
29 de Janeiro de 2022
Meditaremos nesse domingo no difícil mas atual tema dos “falsos profetas”. Creio que muita gente os ouve, os segue e até os defende por conta de nossas idolatrias. Assim, quando parte do problema está relacionada aos ídolos que construímos para nós mesmos, não só os objetos, mas muito além disso, os projetos, as ideologias e os líderes que decidimos seguir, vale perguntar o que são os ídolos, biblicamente falando.
Nas Escrituras temos duas verdades paradoxais sobre isso, ainda que caminhem juntas. Na Bíblia, os ídolos são ao mesmo tempo um nada como também algo perigoso que pode nos seduzir, nos enganar e nos causar dano. Eles são nada em comparação com o Deus Iavé, o Eu Sou, o Criador Soberano, o único Deus verdadeiro. Por outro lado, os ídolos são alguma coisa para os que os adoram, em uma devoção que pode sim se tornar real e daninha.
Ou seja, na linguagem bíblica, os ídolos são ao mesmo tempo inúteis, um nada, sem valor e sem poder. Mas eles também são perigosos para os que lhes atribuem poder, porque nos enredamos nas devoções cegas que inventamos. Por isso o alerta de que ainda há tempo para deixar de seguir a falsos profetas e seus ídolos inúteis, para adorar somente ao Deus único e verdadeiro.
Ricardo Borges